
Com o agravamento da pandemia em todo o país, diversas vítimas da Covid-19 ocupam leitos das Unidades de Terapia Intensiva. Existe a necessidade de uma série de cuidados especiais para com pacientes que se encontram neste estado, incluindo a presença dos cirurgiões-dentistas em todo o acompanhamento durante o tratamento. Entenda mais a seguir.
A importância da odontologia hospitalar
Uma área da odontologia que é bem defasada, apesar de sua importância, é a hospitalar. De acordo com um estudo de 2018, publicado no International Dental Journal, o cuidado odontológico com pacientes sob ventilação mecânica foi responsável por prevenir quadro de infecção respiratória em 56% casos, como a pneumonia.
Embora exista a necessidade da presença de dentistas nos hospitais, sobretudo nas UTIs, o mais comum é que as unidades apenas acionem profissionais especialistas em cirurgia bucomaxilo nos casos de traumas. Geralmente, quem realiza a higiene bucal de pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva são enfermeiros e técnicos de enfermagem.
Procedimentos de higiene bucal são fundamentais na redução de danos provenientes da intubação por longos períodos, como a candidíase oral. Além disso, manter os lábios hidratados, pode prevenir que o contato do tubo de oxigênio com a boca forme fissuras, evitar a herpes e até infecções que podem atingir a corrente sanguínea.
No entanto, existem processos mais complexos que apenas um dentista é capaz de realizar neste ambiente, como a remoção de um foco infeccioso, por exemplo.
O cuidado odontológico na UTI em tempos de Covid
Pacientes sob ventilação tem grandes chances de desenvolver infecções pulmonares, nos casos de infectados pelo vírus da Covid, a replicação é muito maior. Devido aos pacientes permaneceram internados durante muito tempo, as bactérias tendem a acumular-se na região bucal e, consequentemente, aumenta a chance de desenvolverem pneumonia bacteriana.
Portanto, o acompanhamento de um dentista nas Unidades de Terapia Intensiva é extremamente necessário para a prevenção e cuidado de infecções respiratórias mais graves, que podem até levar a óbito.
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