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Tipos de mordida e a importância do acompanhamento profissional




Podemos chamar o ato de fechar a boca e tocar os dentes de oclusão, ou até para ficar mais fácil de entender, de mordida. É algo tão natural que na maioria das vezes é feito inconscientemente e, por esse motivo, não percebemos o modo de como realizamos esse movimento, sendo que cada um de nós vai acabar por ter um tipo de mordida de acordo com a herança genética e com os hábitos funcionais.

De certa maneira, alguns tipos de mordida que podem ser prejudiciais para a saúde bucal acabam sendo deixados de lado, podendo afetar os dentes, os músculos da mastigação e da face e articulação da boca (Temporomandibular), causando dificuldade de mastigar, dores de cabeça, distúrbios relacionados ao sono, travamento da boca e lesões. Como consequência, temos a redução na qualidade de vida do paciente, queda na produtividade diária no trabalho e em casa, irritabilidade, ansiedade e até quadros depressivos.

Preparamos este artigo para falar sobre os tipos de mordidas que podem ser prejudiciais, suas características e as consequências que cada uma delas pode ocasionar se não forem tratadas precocemente.

Inicialmente, para entendermos melhor as alterações nas mordidas, devemos ter em mente como é o funcionamento de uma mordida considerada como “ideal”. Neste tipo de mordida, todos os dentes tocam por igual durante o fechamento de boca e nos movimentos laterais e anteriores da mandíbula (maxilar inferior) não ocorrem nenhuma interferência dos dentes. Ao fechar a boca, os maxilares encontram-se praticamente alinhados e a sobreposição dos dentes anteriores superiores sobre os inferiores durante o toque não é maior que 2mm em média.

Com isso em mente podemos analisar cada tipo de mordida que pode ser prejudicial:

1. MORDIDA PROFUNDA

Nesse tipo de mordida ocorre a sobreposição exacerbada ou completa dos dentes anteriores superiores sobre os dentes anteriores inferiores, onde a ponta destes pode chegar a tocar o tecido gengival do palato superior.

Pode ocorrer lesão inflamatória no palato pelo toque dos dentes, tendência ao apertamento dental, apinhamento dos dentes anteriores inferiores (dentes encavalados), fratura dos dentes posteriores pelo excesso de carga e comprometimento da estética facial pelo encurtamento da altura da mordida.

No tratamento para a mordida profunda podem ser usadas as técnicas de ortopedia funcional dos maxilares, combinada com o tratamento ortodôntico ou este último combinado com uma cirurgia ortognática, com correção do posicionamento dos maxilares.

2. MORDIDA ABERTA

Podemos dizer que este é o inverso da mordida profunda, onde temos a ausência parcial ou total de contato entre os dentes superiores e inferiores anteriores ao fecharmos a boca, surgindo um espaço claramente visível.

Pode provocar sobrecarga nos dentes posteriores pela sobrecarga na mordida, podendo ocasionar lesões periodontais e no osso de sustentação, além de fraturas nas coroas e raízes dos dentes. Esse tipo de mordida também pode exacerbar o mau posicionamento da língua que acaba invadindo o espaço anterior e aumentando seu tamanho, o que está diretamente ligado ao aumento da respiração bucal e a alterações na deglutição e fala. E não devemos nos esquecer do imenso impacto negativo que temos na estética do sorriso alterado e na face, geralmente aparentando cansaço, olheiras e hipotonia labial (lábios murchos).

No tratamento para a mordida aberta podem ser usadas as técnicas de ortopedia funcional dos maxilares combinada com o tratamento ortodôntico e até em alguns casos a cirurgia ortognática. Uma abordagem multidisciplinar também é importante, com acompanhamento da fonoaudióloga e do otorrinolaringologista, se necessário.

3. MORDIDA CRUZADA


Neste tipo, não temos alteração no toque dos dentes superiores e inferiores no fechamento da boca. Entretanto, temos alteração no encaixe dos dentes, onde os dentes superiores acabam ficando internamente aos dentes inferiores, da maneira inversa de como seria na mordida “ideal”. Alterações genéticas ou hábitos parafuncionais como chupar o dedo e usar chupeta estão ligados a este tipo de mordida, por causarem atresia maxilar (maxilar superior mais fechado), causa mais comum desta inversão da mordida.


Questões genéticas podem estar na origem desse tipo de mordida. Do mesmo modo, também estão entre as causas do desenvolvimento dessa oclusão errada o hábito de chupar o dedo, assim como o uso de chupeta.

No tratamento para a mordida cruzada podem ser usadas técnicas de ortopedia funcional dos maxilares combinada com o tratamento ortodôntico.

4. MORDIDA PROTUSA OU PROTRUSÃO


Caracterizada pelo avanço dos dentes inferiores em relação aos superiores, como se fosse uma mordida cruzada anterior, ou do avanço de toda a mandíbula em relação à maxila, dando a impressão de que o queixo da pessoa parece estar deslocado para frente.

As causas da protrusão podem estar relacionas a leve falta de toque dos dentes anteriores e ao crescimento excessivo da mandíbula, como também ao menor desenvolvimento da maxila, estando ligado a questões genéticas ou hereditárias na sua maior parte.

Casos mais simples de protrusão dentária podem ser tratados com aparelhos ortodônticos e em situações de maior gravidade, a cirurgia ortognática combinada com a ortodontia pode ser a única maneira de tratamento.

5. RETROGNATISMO


É o inverso da protusão, onde há um deslocamento para trás ou falta de crescimento da mandíbula em relação a maxila dando um aspecto de queixo deslocado para trás, lembrando por muitas vezes a face do músico Noel Rosa (1910-1937), comprometendo a face esteticamente e causando alterações na mastigação, fala e respiração.

O tratamento geralmente envolve ortopedia funcional dos maxilares, ortodontia ou cirurgia ortognática.


Conseguiu identificar qual o seu tipo de mordida após ler esse artigo e olhar-se no espelho? Se você percebeu que se encaixa em alguma daquelas que são prejudiciais ou não conseguiu identificar, não perca tempo, marque sua consulta com nossos especialistas.

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